domingo, 29 de março de 2015

Por Onde Anda Luizinho

CHARGE

Por onde anda o pequeno Luizinho?
Ninguém sabe.
Garoto matreiro que sabe muito bem agitar uma situação.
De tanto aprontar ele perdeu até um dedinho.
O pequeno Luizinho convence qualquer um com uma boa lábia.
Sabe colocar os coleguinhas uns contra os outros e depois fica de santinho.
Ele apronta e desaparece.


Quebrou todas as vidraças do bairro. 
Deixando assim a vizinhança insegura. 



Sumiu com o óleo da sua própria casa. 
Como é que a dona Maria vai fazer o almoço?


Quando pegam ele em alguma atitude suspeita ele diz que não sabe, não conhece e nunca ouviu falar.
Esse é o pequeno Luizinho. Por sinal anda sumido. Por onde anda o pequeno Luizinho? Alguém viu? Você sabe onde ele está? Em menos de quatro anos eu sei que ele aparece.




Boa semana para todos, visitantes e amigos do blog. Até semana que vem. 
Uma semana de Fé e Coragem. 


domingo, 22 de março de 2015

Arte na Galeria

Imagens que contam a vida




O povo do jeito que os governantes gostam





Dançam: O homem do campo com a moça de flor no cabelo e vestido de missa.

















Cantando se vai além e deixa a vida colorida.



















Um aposentado preocupado, e com razão.








O sol ilumina o surfista que viaja nas ondas.













Quer ver mais arte na galeria?:

Fevereiro 2015

Dezembro

Novembro 03

Novembro 02

Novembro

Junho

Maio 02

Maio

Abril


Boa semana para todos. Sejam bem vindos os visitantes. 
Divulguem e aproveitem o blog Cost@.

domingo, 15 de março de 2015

O Desejo do Zequinha Junior

HQ 
ZECA RAIDE




Texto: Christine Costa
Arte: Marcos Costa


Mais Zeca Raide? Gostou?

07/01/2012
14/01/2012
21/01/2012
29/01/2012
04/03/2012

Até semana que vem.

Uma boa semana para todos.

domingo, 8 de março de 2015

Homem Pássaro

CRÔNICA


Dois mil e quinhentos pés de altura. Sim. Os instrumentos diziam que cheguei à essa altura.

Nesse momento comecei a ver os últimos acontecimentos como um filme. Opa! Mal sinal, concorda?

E lá vinham as imagens e as frases. As frases, pedradas que caíram nesse carioca de mais de meio século. No trabalho, na família e ausência das pessoas que amava. A mulher se foi, o trabalho também. O que será de nós sem emprego no Rio de Janeiro?

Um buraco foi se abrindo e nele eu não ia cair, tava decidido. Decidi sim, depois de ficar olhando pra televisão, igual um mané, onde anunciavam o vencedor do Oscar (Birdman), que seria melhor, do que encher a cara,  pegar a asa delta e dar uma relaxada. Cumpadi, fui.

Morro da Urca, lá fui eu. O meu supervisor de voo disse que o clima estava ótimo e as condições próprias para o voo. Saltei de uma vez, depois que a asa estava armada, tinindo, linda, e saí correndo como quem fugisse do cão Rotweiller do Tião, aquele meu amigo sacana. Em instantes já alcançava as nuvens. Camada por camada fui subindo, subindo, subindo... Pegando um vento norte e uma espiral, fui subindo mais e me isolando como que por sem querer. Pra relaxar ou pra fugir? Ainda não tinha decidido. Que se lixe tudo.

Não sei mais o que é tempo, lugar, quem sou... me tornei parte do todo. Envolvido só pelo azul total daquele céu. Tava puro, nem um gole hoje, não tô doido também. Aí comecei a me sentir como quem visse... Não.. vou explicar. Sendo sincero? Eu via o invisível. Ultrapassei algum limite de percepção humana ou um novo sentido além dos naturais. Experiência assim nunca tive. Você deve estar querendo me perguntar se senti medo. Medo de estar ali sozinho ou medo de morrer. Certo? Eu digo: não senti. Sentia liberdade e uma paz misturada com alegria. Uma coisa linda. Imensa, mas linda. Aí fiz uma merda: Subi mais. Só tomei o rumo e subi porque queria.

Sim, sim... fui subindo porque não conseguia ir pra mais lugar algum. Como se a mão de Deus estivesse me guiando. A asa não conseguia sair da térmica. Olhei os instrumentos: 3.500 pés de altura. Nem percebia nada em mim... Bom, a dificuldade de respirar começava a incomodar. Eu fingia que não sentia. Uma gaivota engoliu um mosquito e parecia parada no ar. Eu também, ali parado. Será que agora só resta dizer adeus? Será que eu queria morrer? Seria mais fácil, né? Melhor morrer aqui do que morrer de bala perdida no Rio de Janeiro. Isso eu não admito. Mas, desistir agora?

Eu não. Sou teimoso pra cacete, cara. Meu maior defeito, teimosia, e que agora terá que ser minha qualidade. Isso mesmo. Se eu subir mais, meus pulmões explodem. Já até ouço um zunido... Zunido aumentando. Não é da minha pressão arterial. O zunido é de um avião. Caraca, olha aonde eu cheguei. Daqui pra cima só resta o espaço, última fronteira. Hora de descer. Entendi a lição. Hora de descer.

Só vejo nuvens e azul, mais nada. Uma camada, duas... só nuvens. Meu Deus, fala logo... Eu morri? Não vejo terra. Mais nuvens e, enfim, o mar azul. Estou na Barra da Tijuca, pois reconheço as ilhas. Estou de volta. Meu supervisor fala no meu ouvido pelo rádio, que se eu fizer isso de novo ele me proíbe de voar. Vou obedecer, pois não tem mágica maior na vida do que a liberdade de voar.

Um conselho: voem também, mesmo sem sair do chão. Ousem.

Texto e arte: Marcos Costa



Baseado em uma história real. 


____________________________

Boa semana para todos. 

Compartilhem e divulguem o blog Cost@. 
______________________________

Parabéns para todas as mulheres nesse Dia Internacional das Mulheres. 


Arte: Christine Costa 


 
Arte: Marcos Costa 
____________________________



Semana que vem um trecho do meu primeiro livro, ainda não publicado. 

Até...






domingo, 1 de março de 2015

RIO DE...

CHARGE


Rio de Janeiro, minha cidade natal.
Minha primeira lembrança, como criança, era do meu pai me chamar de manhã para comprar pão na padaria. Eu ainda de pijamas, pulava da cama, ia, todo orgulhoso, com as perninhas curtas correndo ao chamado daquele homem grande de bigodes fartos. Íamos conversando e eu tentando convencê-lo a comprar um gibi do Superman ou Tarzan, minha inspiração para fazer os primeiros traços no desenho.

Chegando lá, a padaria sempre limpa, reparava que havia uma garrafa no balcão, no rótulo antigo da cerveja Brahma, o pão doce na vitrine, o jornaleiro na esquina e eu de olho nos gibis. Havia uma trégua para pessoas comuns onde caminhávamos pelas ruas tranquilamente. Era um ar que respirávamos muito mais agradável do que hoje em dia. Falo do meio ambiente, a natureza sem efeitos estufa, buraco na camada de ozônio ou descontrole das estações do ano. O clima, o calor, a pressão (que não existia) no ar que vivemos de uns anos pra cá e que, além de outros fatores políticos e sociais, tem feito a cidade não tão maravilhosa. Morei até certa idade em um bairro da Zona Norte e que hoje em dia não poderia fazer o mesmo percurso com uma criança num domingo de manhã, sem ao menos ficar inseguro ao sair de casa. As pessoas davam seu lugar nos transportes públicos para mães com criança no colo e a cordialidade era muito maior em um simples bom dia. Crianças podiam brincar na rua sem serem atingidas por bala perdida e uma família ir à praia sem risco de arrastão.

Bem, sem mais, o Rio de Janeiro não deve perder sua maior riqueza que é receber sempre de braços abertos quem chega para visitá-lo. Ou seria essa mais uma qualidade que iremos perder no futuro?

Parabéns ao Rio de Janeiro e ao povo que nele vive, sem Zonas ou Classes, mas de pessoas que querem o melhor para a cidade onde seus filhos vivem e irão crescer. Isso nos torna iguais.

autor: Marcos Costa.






Próximas novidades:

Joabes está chegando.



Bom domingo à todos.

Aos amigos e visitantes (sejam muito bem vindos) do Blog Cost@, se gostaram, fiquem à vontade para divulgar.