Caso 1:
Em Maricá, cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro, José combinou de cuidar da obra na chácara de Joaquim. Prometeu fazer um bom acabamento, melhor do que o pedreiro anterior que largou a obra de qualquer jeito e utilizou material de pessíma qualidade.
Um dia José pegou o restante do valor da obra e desapareceu. Joaquim fez perguntas aqui e ali e descobriu que José devia dinheiro de contas feitas em nome de sua mulher.
- Agora me lembro que durante o serviço ele vivia no celular - disse o desolado Joaquim para um vizinho.
Então ele ouviu dos meninos que estavam próximos e que cuidavam de seus cavalos:
- O doutor arruma mais dinheiro. O doutor pode.
Ele refletiu que era esse o pensamento que devia estar na cabeça do José. Quem tem bem pouco acha que quem tem um pouquinho mais pode tudo.
Caso 2:
Um professor, afrodescendente, 45 anos, no primeiro dia de aula entra na sala, não diz uma palavra, escreve o quadro todo colocando em ordem os assuntos que seriam tratados. Entre eles o horário de entrada e saída de sala de aula. Isso já deixou os alunos com interrogações e expectativas de como seria a aula. Quando no relógio de seu celular marcava 19h, daquela terça-feira de verão em pleno fevereiro, o professor proferiu as seguintes palavras:
- Boa noite, me chamo Arnaldo Simplista e estou aqui para dar a matéria Ética durante esse semestre. Aqui,. como vocês podem ver, coloquei assuntos que são importantes. Bem, vamos lá. O horário da aula: 19h. Saída: 22:40h. Nem mais nem menos. Só ganha presença quem estiver aqui na sala. Pode estar morrendo quem for que não libero a presença. Eu mesmo, chego na sala nesse horário pois não fico na sala de professores. Lá não pode falar palavrão e eu não gosto de ficar lá. Podem pensar que sou marrento, não ligo. Se quiser mudar de turma, tem uma outra no andar de cima. Mesma matéria. Outro professor. Podem ir. Teremos ao longo do semestre, três provas. Na primeira só passa quem estudar. Vou massacrar vocês. Quem ficar com nota ruim... Na terceira, esqueçam. Pois vou massacrar vocês.
A classe não dizia nada. Silêncio total na sala de aula.
Na saída os alunos perceberam que aos poucos ele, durante a aula, mudou a postura ficando menos agressivo. Deduziram que ele estava preocupado com o tratamento que os alunos dariam para ele e se antecipou mostrando suas "armas". Como os alunos não reagiram, ele ficou desconcertado e amaciou.
Caso 3
Um casal, recém-casados, homem e mulher, mudou-se para um bairro muito tranqüilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado.
Três dias depois, também durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e novamente a mulher comentou com o marido:
Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que a outra vizinha a deu sabão? Porque eu não fiz nada.
O marido calmamente a respondeu:
Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei a vidraça da janela!
Interessante que é mais fácil dizer faça isso ou faça aquilo aos outros, do que muitas vezes descobrir o que devemos fazer.
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BOA SEMANA AMIGOS.
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