CHARGE
Rio de Janeiro, minha cidade natal.
Minha primeira lembrança, como criança, era do meu pai me chamar de manhã para comprar pão na padaria. Eu ainda de pijamas, pulava da cama, ia, todo orgulhoso, com as perninhas curtas correndo ao chamado daquele homem grande de bigodes fartos. Íamos conversando e eu tentando convencê-lo a comprar um gibi do Superman ou Tarzan, minha inspiração para fazer os primeiros traços no desenho.
Chegando lá, a padaria sempre limpa, reparava que havia uma garrafa no balcão, no rótulo antigo da cerveja Brahma, o pão doce na vitrine, o jornaleiro na esquina e eu de olho nos gibis. Havia uma trégua para pessoas comuns onde caminhávamos pelas ruas tranquilamente. Era um ar que respirávamos muito mais agradável do que hoje em dia. Falo do meio ambiente, a natureza sem efeitos estufa, buraco na camada de ozônio ou descontrole das estações do ano. O clima, o calor, a pressão (que não existia) no ar que vivemos de uns anos pra cá e que, além de outros fatores políticos e sociais, tem feito a cidade não tão maravilhosa. Morei até certa idade em um bairro da Zona Norte e que hoje em dia não poderia fazer o mesmo percurso com uma criança num domingo de manhã, sem ao menos ficar inseguro ao sair de casa. As pessoas davam seu lugar nos transportes públicos para mães com criança no colo e a cordialidade era muito maior em um simples bom dia. Crianças podiam brincar na rua sem serem atingidas por bala perdida e uma família ir à praia sem risco de arrastão.
Bem, sem mais, o Rio de Janeiro não deve perder sua maior riqueza que é receber sempre de braços abertos quem chega para visitá-lo. Ou seria essa mais uma qualidade que iremos perder no futuro?
Parabéns ao Rio de Janeiro e ao povo que nele vive, sem Zonas ou Classes, mas de pessoas que querem o melhor para a cidade onde seus filhos vivem e irão crescer. Isso nos torna iguais.
autor: Marcos Costa.
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Joabes está chegando.
Bom domingo à todos.
Aos amigos e visitantes (sejam muito bem vindos) do Blog Cost@, se gostaram, fiquem à vontade para divulgar.
Um comentário:
As lembranças da infância tem cheiro...sabor...magia.
Bate uma saudade.....uma vontade de voltar ao passado.
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